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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

MINHA CASA, MEU ENTULHO

            A sujeira está em toda parte. Em Brasília, onde a lama ultrapassou o nível das torres gêmeas do congresso, toma-se banho de fedência e dança-se ao ritmo da podridão. O gosto nacional pelo lixo é tamanho que, ao se construir um prédio, é criado simultaneamente o entulho que acolhe os restos da construção: concreto, papel, plástico, metal, além dos rejeitos líquidos e sólidos dos humanos.             Somos um exemplo civilizatório a ser combatido de um povo que limpa a casa para sujar a rua - e não sente nenhum constrangimento por isso. E, longe de se tratar de um comportamento de determinada classe, é uma verdadeira epidemia, como a dengue, a febre amarela e o Big Brother.             Com o objetivo de dar minha modesta contribuição às avessas a essa falta de vergonha geral, apresento a seguir o estado das coisas em minhas imediações. A Rua Miguel Maura onde moro é uma passagem importante entre vários bairros e o centro da cidade de Timóteo, portanto o lixo dessa ru