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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

MULHER, DE QUEM É ESSE CORPO?

        O corpo seccionado - cada parte tem o seu valor.             “E até as mulheres ditas escravas, já não querem servir mais” , dizia Raulzito na canção Novo Aeon. Mas, o que ironiza Raul Seixas, afinal? O desejo masculino por uma amante solícita, ou, ao contrário, a impotência masculina diante dos avanços da mulher? Porque quando a mulher avança e conquista espaços, ela o faz movendo as instituições do mundo masculino, que sempre buscou, através da história, dominá-la e submetê-la. E dominar a mulher é sobretudo possuir seu corpo - corpo cuja beleza inspira o homem mais do que qualquer coisa e cuja feiúra desperta nele o mais rasgado desdém.             Pastores, artistas, médicos, legisladores, todos querem apreender o corpo da mulher, aprisioná-lo, regulá-lo, enfim, possui-lo de algum modo. E a mulher vem cumprindo este papel ao longo da história, moldando-se, sacrificando-se pelo prazer estético ou ditatorial do homem.             Podemos nos perguntar