O trabalho virtual não é essencialmente diferente daquele realizado presencialmente. As mudanças são mais de forma, como, por exemplo, com o uso das novas ferramentas. No caso dos cursos particulares de idiomas, tão importantes para a formação otimizada de um vasto público que vai de crianças a chefes de empresas, a passagem ao virtual acrescenta vantagens que compensam qualquer outra perda. Contudo, mesmo depois do Covid-19 e do enorme avanço das atividades em linha, ainda persistem dúvidas quanto a eficiência de um curso de línguas nesta modalidade. Do ponto de vista prático, o que é a aprendizagem senão uma repetição de modelos que, pela força do hábito, acabam sendo assimilados, a ponto de se tornarem automáticos e naturais? A autoexpressão, no que ela implica de desenvolvimento de um estilo pessoal, só desabrocha a partir dos níveis mais avançados. Basta nos lembrarmos de como as crianças imitam os adultos e como aprendemos a nossa própria língua, a
Muita gente tem um slogan que a orienta na vida: “hei de vencer”, “minha casa, minha vida”, “presente de Deus”. O meu é mais singelo e apela simultaneamente a nossos instintos contraditórios de autopreservação e prazer. Dou vênia aos que rirão e aos que não, aos céticos e aos diabéticos, aos infelizes e aos que têm alergia a trigo, enfim, confesso: quem me ama, faz bolo para mim. Por falta de amante e até mesmo por conveniência, comecei a fazer bolos, pois não tenho saco para ir à padaria todo dia, biscoitos de caixinha dão azia e outros petiscos comprados para o café da manhã amanhecem duros no dia seguinte (aproveito para contar o caso do pão de queijo traído: era uma vez um pão de queijo que virava um pau quando esfriava; um dia ele se derreteu por uma maria mole borrachenta e frígida, virou polvilho de novo e ela o trocou por um brioche). Bolo de chocolate, bolo de milho, bolo de banana, bolo de goiaba (meu maior fracasso), bolo de aipim, bo